RENASCIMENTO
O Renascimento marca o fim da
idade média e o início da idade moderna, ou seja, a mudança de um sistema
feudal para o sistema capitalista.
Algumas
características desse movimento
artístico são a racionalidade (predominância da razão), o hedonismo (valorização
dos prazeres sensoriais), um ideal humanístico (dá mais valor ao homem real), o
rigor científico (valorização da pesquisa e ciência), otimismo (costume ou sistema de achar que tudo é ou resultará o
melhor possível) e o antropocentrismo (homem no centro do universo).
A
pintura e a escultura se desprendem da arquitetura, ou seja, cada um passa a
ser uma arte distinta, antes tudo se enquadrava na arquitetura. Algumas características
das construções são a simplicidade e a perspectiva linear (ângulos retos), e o
principal artista arquiteto foi Brunelleschi.
A
pintura renascentista é marcada pela perspectiva, proporções (harmonia que deve existir entre as diversas
partes de um todo, e entre cada parte e o todo), utilização de claro-escuro,
realismo (homem como seu próprio Deus). O movimento também marca o inicio da
utilização da tela e da pintura a óleo. Alguns artistas são Botticelli,
Leonardo Da Vinci, Michelangelo e Rafael.
Na escultura
o homem era representado como ele é na realidade, com proporções exatas, profundidade
e perspectiva. Os artistas estudavam a fundo o corpo humano através de biópsia
(abriam os corpos dos mortos para estudar a estrutura corporal interna).
Algumas personalidades são Dürer e Bosch.
Fases do
Renascimento
Existem quatro fases presentes no renascimento, o Trecento, o Quattrocento, a Alta Renascença
e o Cinquecento.
O trecento foi o início do renascimento,
uma preparação para o movimento, ele foi basicamente italiano. Um dos marcos
principais nessa etapa foi a expansão do comércio, ou seja, o crescimento das
vendas e trocas. A tradição existente antigamente foi sacrificada diante ao
racionalismo. Devido à expansão do comercio a sociedade se estruturava em
moldes capitalistas e bastante materiais.
Esse período do
renascimento também foi marcado pelo incentivo e patrocínio aos artistas, o
mecenato.
Os homens
começam a buscar explicações racionais para os fenômenos da natureza através da
ciência, diminuindo um pouco o poder da igreja já que antigamente era ela quem
ditava “as verdades” sem ser questionada. Dessa forma, surge uma nova maneira
de enxergar a relação entre Deus e o homem.
A segunda
etapa foi o quattrocento, conhecida
como a Era dourada, na qual houve um grande amadurecimento humanístico (do
homem). A partir daí objetos de arte passam a ser colecionados. A arqueologia
se desenvolve incrivelmente, assim como a filosofia, a matemática e a medicina
florescem, e a imprensa se aperfeiçoa devido a valorização da pesquisa e a
curiosidade natural do homem.
A terceira
fase do renascimento foi a Alta
Renascença, que pega o final do quattrocento e o inicio do cinquecento. Ela
foi a culminação do Renascimento, ou seja, o ponto mais elevado do movimento,
mais intenso. Houve uma cristalização dos ideais renascentistas, do humanismo,
da autonomia da arte, da emancipação do artista de sua condição de artesão
(antigamente os artistas eram somente artesãos), da fidelidade a natureza e do
conceito de gênio (entre esses estão Da Vinci, Rafael e Michelangelo). A arte
atinge a perfeição e equilíbrio.
Aqui a
Reforma Protestante e a imprensa têm maior destaque, assim como o descobrimento
das América (incluindo o Brasil).
A última fase foi o cinquecento (o início do maneirismo,
que era italiano), aqui houve uma intensificação do mecenato, ou seja, do patrocínio
e investimento nos artistas.
A Reforma
Protestante e as grandes navegações diminuem significantemente o poder da
Igreja Católica, que lhe acarreta em um sentimento de pessimismo, insegurança e
alheamento (alheio).
Essa Reforma deu
uma reviravolta na arte da época condenando as imagens sagradas, ou seja, de
imagens de santos já que os protestantes não acreditam na reprodução dessas
figuras.
Devido a
Reforma Protestante houve uma revisão dos valores clássicos que acarretou o
novo movimento artístico, o maneirismo, que se afastava do equilíbrio,
harmonia, racionalidade e clareza a Alta Renascença, caracterizando uma
transição do renascimento para o Barroco.
MANEIRISMO
O maneirismo foi um movimento
artístico marcado pela Reforma
Protestante, devido a ela foi preciso que os artistas buscassem novas
formas de pinturas, já que ela impede a existência de pinturas ou esculturas de
santos em igrejas. Dessa forma os artistas perdem uma significante fonte de
renda, pois a Igreja era quem mais encomendava quadros de imagens sagradas, e
passam a pintar somente retratos e ilustrar livros.
As principais características do
maneirismo foram uma virtuosidade excessiva, artificial e extravagante. Suas
obras visavam surpreender o expectador, criando sempre algo inesperado.
Os principais artistas foram
Giovanni Bologna, Tintoretto, El Greco e Pieter Bruegel.
BARROCO
O barroco foi marcado pelo
Contra- Reforma, a igreja católica em resposta aos protestantes cria mais
templos e igrejas a fim de atrair mais fiéis. A arte tinha que convencer,
conquistar e impor admiração das pessoas.
Os artistas buscavam efeitos
decorativos e visuais através de curvas e colunas retorcidas. Suas obras eram
mais dramatizadas, pois utilizavam muito o contraste de luz e sombra, o exagero
e os artifícios cênicos, o mais pitoresco possível.
Os principais artistas são Caravaggio, Bernini, Van
Dyck, Rembrandt, Velasquez.
Barroco na Holanda
A Holanda era um país
protestante, muito sóbrio, que se dedicavam a pinturas de retratos (países
protestantes não pintam figuras sagradas). Mesmo pintando retratos de pessoas
não viviam de encomendas, eles faziam feiras e mercados.
Com a mudança na arte, os
artistas puderam se especializar mais em gêneros de pintura (arte idealizada –
imagens sagradas – não era prioridade mais), alguns se dedicavam a retratos,
outros a paisagens ou natureza-morte. (gênero de pintura são assuntos em
pintura)
Os Holandeses tinham um grande empenho
em transmitir a imagem mais exata de todas as coisas que os cercavam, ou seja,
queriam ser fiéis a realidade em seu entorno retratando exatamente o que viam,
sem a idealização de figuras característica do Renascimento.
Entre os artistas estão Hals, Rembrandt,
Jacob Ruisdael, Willem Kalf, Jan Vermeer.
Barroco na França
No período barroco a França se
encontrava em um momento de muito luxo, no qual o Rei Luís XIV investia no
embelezamento do país, buscando um maior reconhecimento através da beleza nobre,
foi uma época de muito esplendor a realeza.
Mas devido ao grande gasto da
realeza em itens de beleza, o povo passou de pobre a miserável e então se
rebelou contra o governo absolutista de Luís XIV, que estava mais preocupado em
manter sua aparência do que alimentar o povo. O rei e sua mulher foram
enforcados.
Os principais artistas são Nicolas
Poussin, Claude Lorrain, Georges de La Tour, Charles Le Brun.